"Parecia piada, em 2010, quando o Partido Socialista Brasileiro registrou como seu candidato a governador de São Paulo o que na França se chamaria “patrão dos patrões” do capitalismo: Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o organismo empresarial mais poderoso do país.
Parecia piada, mas não foi: Skaf fez sua campanha, ficou em quarto lugar e obteve 1,038 milhão de votos (4,56% do total), num pleito vencido no primeiro turno pelo governador Geraldo Alckmin, com 50,63% dos votos (11,5 milhões).
Ainda não se sabe se Skaf voltará a tentar o Palácio dos Bandeirantes no ano que vem, mas, de todo modo, os socialistas de Eduardo Campos estão de namoro firme com capitalistas poderosos: o bilionário José Batista Júnior, um dos donos do grupo JBS-Friboi —a maior empresa em processamento de proteína animal do planeta –, será o candidato do PSB a governador de Goiás; no Mato Grosso do Sul, os socialistas devem apoiar a candidatura do senador Waldemir Moka, do PMDB, grande porta-voz do agronegócio no Congresso; e, no Mato Grosso, estão atraindo para a legenda o senador Blairo Maggi, do PR, ex-governador do Estado e maior produtor de soja do mundo.
No caso de Maggi, não surpreende: este megaempresário se elegeu originalmente pelo PPS, sucessor do Partido Comunista Brasileiro."
Via Setti...
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